DESCOBRI QUE TENHO PEDRA NOS RINS. E AGORA DOUTOR, COMO TRATAR?
- MARCIO FALCÃO MACÊDO
- 6 de abr. de 2017
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A litíase renal é popularmente conhecida como pedra nos rins ou cálculos renais. Pode causar sintomas como dor na região lombar, náuseas e vômitos, febre e queixas urinárias. Nos casos em que o cálculo renal se desloca pelo uteter (conduto que leva a urina até a bexiga), a dor se apresenta com maior intensidade, podendo migrar para região anterior do abdome ou até mesmo para os testículos ou vagina.
Após realizado o diagnóstico, geralmente por meio de ultrassom ou tomografia computadorizada, será decidido o tratamento mais indicado. Diante dos avanços tecnológicos dos últimos tempos, a grande maioria dos casos pode ser resolvida por meio de técnicas minimamente invasivas, entre as quais se destacam as cirurgias endoscópicas, as laparoscópicas e as percutâneas.
As cirurgias endoscópicas são realizadas com a utilização de aparelhos denominados ureteroscópios, que podem ser rígidos (utilizados em cálculos ureterais) ou flexíveis (utilizados em cálculos renais ou em ureter proximal). Nesses procedimentos o intuito é retirar os cálculos através do canal da urina (sem incisões), após a fragmentação dos mesmos com o uso de laser. Na prática urológica atual, essa técnica é certamente a mais efetuada.
A laparoscopia também pode ser um trunfo no tratamento de cálculos renais, principalmente em pacientes que apresentam doenças associadas como, por exemplo, estenose de junção ureteropiélica (malformação em que ocorre o estreitamento do ureter). Nesses casos, o urologista faz pequenas incisões no abdome do paciente e, ao mesmo tempo que corrige a malformação, retira os cálculos renais.
Nas cirurgias percutâneas o urologista aborda grandes cálculos renais ou em pelve renal por meio de uma punção com agulha no rim acometido. Após a punção, o trajeto da agulha é dilatado até que seja possível "navegar" dentro do rim com materiais chamados nefroscópios. A partir disso os cálculos são fragmentados com tecnologia ultrassônica e retirados por meio da mesma incisão.
Importante lembrar que em todas as técnicas pode ser necessária a colocação de um cateter duplo J para a drenagem do rim. Esse cateter permanece no paciente por alguns dias e deve ser retirado posteriormente.
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